quarta-feira, 4 de novembro de 2015

UMA HISTÓRIA DE NASRUDIN: DE COMO ELE CRIOU A VERDADE.






UM TRIBUTO AO JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO.


Luiz Carlos Nogueira





Para quem não sabe, segundo a Wikipédia, “Nasrudin (em turco: Nasreddin Hoca, em turco otomano: نصر الدين خواجه, em persa: خواجه نصرالدین, em árabe: نصرالدین جحا / ALA-LC: Naṣraddīn Juḥā, em urdu: ملا نصرالدین , emuzbeque: Nosiriddin Xo'ja, Nasreddīn Hodja, bósnio: Nasrudin Hodža) foi um seljúcida satírico sufi, acredita-se que viveu e morreu durante o século XIII em Akshehir, perto deKonya, capital do Sultanato de Rum Seljuk, na atual Turquia. Ele é considerado um filósofo e sábio populista, lembrado por suas histórias engraçadas e anedotas. Ele aparece em milhares de histórias, às vezes espirituoso, às vezes sábio, mas muitas vezes, também, um tolo ou o alvo de uma piada. Uma história Nasreddin geralmente tem um humor sutil e uma natureza pedagógica. A festa internacional de Nasreddin Hodja é celebrada entre 05-10 julho em sua cidade natal a cada ano.

As histórias de Nasreddin são conhecidas em todo o Oriente Médio e tocaram as culturas ao redor do mundo. Superficialmente, a maioria das histórias de Nasreddin podem ser ditas como piadas ou anedotas de humor. Eles são contadas e recontadas eternamente em casas de chá e caravançarás da Ásia e podem ser ouvidos nas casas e nos rádios. Mas é inerente a uma história de Nasreddin que pode ser entendida a vários níveis. Não é a piada, seguido por uma moral e, geralmente, o pequeno extra que traz a consciência do potencial místico um pouco mais sobre a forma de realização.

Pois bem, vamos conhecer uma das histórias de Nasrudin, na qual ele CRIOU A VERDADE.

Havia um monarca preocupado em fazer que com as pessoas parassem de mentir, pois ele considerava que a mentira prejudicava a convivência entre as pessoas, porque destruía a confiança entre elas, porque sempre ocultava alguma coisa que fizeram de errado.

Assim editou leis proibindo a mentira.

Nasrudin que visitava o reinado e tido como sábio, foi procurado pelo rei, porque este percebeu que a sua lei não produziu efeito algum sobre as pessoas e, portanto, queria saber como agir em face disso. 

Nasrudin então lhe disse que: as leis não poderiam tornar as pessoas melhores, porque estas só poderiam atingir o estágio de serem verdadeiras, se praticassem ações que as colocassem em sintonia com a verdade interior, que se assemelhasse apenas levemente à verdade aparente.

Assim, seguindo a orientação de Narrudin, o rei decidiu providenciar algo que pudesses fazer as pessoas observarem a verdade e tornarem-se autênticas.

Como no caminho para a entrada da cidade havia uma ponte, o rei mandou construir uma forca sobre ela, na metade da sua extensão, de sorte que quando os portões fossem abertos ao raiar do dia, por sua determinação ali estava o capitão da sua guarda, postado à frente do seu pelotão de soldados, para examinar todas as pessoas que entrassem pela referida ponte, para assim cumprir sua ordem proclamada: “Todos devem ser interrogados e aquele que falar a verdade terá acesso ao meu reinado, mas ai daquele que mentir, porque será enforcado”.

Como Nasrudin se fez presente para acompanhar o resultado desse estratagema, ao ouvir a proclamação do édito do rei — deu um passo à frente. 

Surpreso o capitão da guarda lhe interrogou: Ei! Aonde vai?

Estou caminhando para a forca! Respondeu-lhe calmamente Nasrudin.

Não acreditamos em você! Disse-lhe o capitão.

Pois bem, replicou Nasrudin: então se eu estiver mentindo, enforquem-me!

Mas, mas...se o enforcarmos por estar mentindo, faremos com que o que você disse seja verdade!

Pois é isso mesmo: agora vocês sabem o que é a verdade: a sua verdade!

Mas não fiquemos por aí. Vamos um pouco mais adiante. Como é a verdade do psicopata? Esses desalmados acreditam na própria mentira...portanto, eles não precisam ser enforcados.

Agora pensem na turma dos envolvidos nos mensalões, petrolões, eletrolões, benedezões e todos os demais “ões” do mesmo gênero criminoso.       ELES NÃO DEVEM SER ENFORCADOS, DEVEM IR PARA A CADEIA.

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