terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aos ministros do Supremo Tribunal Federal, nominados a seguir:





  

Ayres Britto (presidente)

Joaquim Barbosa (relator do processo do “mensalão”)

Luiz Fux

Gilmar Mendes

Marco Aurélio de Mello

Celso de Mello.


Agradeço e cumprimento os Respeitáveis Ministros, por terem desempenhado com destemor, relevante serviço à Pátria Brasileira, reforçando ao seu povo, a confiança no Poder Judiciário, especialmente porque estão corrigindo os rumos das atitudes odiosas de políticos inescrupulosos, que juntamente com pessoas do mesmo tipo, construíram o poderoso esquema do chamado “mensalão” — vergonha estampada nos jornais de diversos países.

Não obstante o Ministro Cezar Peluso tenha se aposentado antes do julgamento do dia 22/10/2012, os meus cumprimentos também são para ele, até onde pôde compor a excelsa corte do STF.

Creio que todos os brasileiros trabalhadores e honrados, pagadores de impostos escorchantes, que acabam sustentando o fausto dos quadrilheiros que tentam todas as formas de dominar o país, também agradecem.

Piero Calamandrei:  in “Ele, os juízes, vistos por nós, os advogados” (tradução de Ary dos Santos, do original em italiano “Elogio dei giudici scritto da um avvocato”, Livraria Clássica Editora, 6ª Ed. 1981, 17, Praça dos Restauradores – Lisboa), escreveu este trecho que se lê na página 112 (sic):

“Certas pessoas de espírito e de bom apetite julgam que os médicos foram criados não para ensinar a morigeração que conserva a saúde, mas para descobrir remédios heróicos contra doenças produzidas pelos excessos e dar assim aos seus fiéis clientes a receita para que possam beatamente continuar a exceder-se. Da mesma forma há quem pense que a função do advogado na sociedade não é aquela de manter seus clientes no caminho da legalidade, mas sim a de inventar expedientes para reparar a má fé dos espertalhões e para, deste modo, lhes permitir que continuem nas suas espertezas.”

Assim, eu digo também, que os magistrados de qualquer instância, especialmente os das mais Altas Cortes da Justiça, não devem permitir que os expedientes inventados, possam consagrar a má-fé dos espertalhões que ousam percorrer os caminhos da ilegalidade. As simples mentiras (ou artifícios) aceitas transformam tanto aqueles que mentem quanto quem as aceita —  em ladrões da nossa confiança. As Casas da Justiça são como templos terrenos, que uma vez profanadas, extinguem a fé e desmantelam os demais Poderes de uma república.

Ainda tem muita gente com fome, sem teto, sem trabalho e sem condições de receber um tratamento de saúde. Portanto, a quem subtrai dinheiro público, não posso dar outro adjetivo qualificativo, senão o de — criminoso, que como tal deve ser tratado, segundo os cânones do nosso direito.

Por fim, nunca mais iremos esquecer o julgamento do chamado “mensalão”, porque ele e tudo o mais ficará indelevelmente registrado na História do Brasil.



Luiz Carlos Nogueira
nogueirablog@gmail.com

Um comentário:

  1. É vero. Infelizmente não couberam aqui os nomes de TODOS os integrantes daquela corte, embora de pequena significância.

    ResponderExcluir