Ayres Britto
(presidente)
Joaquim Barbosa
(relator do processo do “mensalão”)
Luiz Fux
Gilmar Mendes
Marco Aurélio de
Mello
Celso de Mello.
Agradeço e cumprimento os Respeitáveis Ministros, por terem desempenhado com destemor, relevante serviço à
Pátria Brasileira, reforçando ao seu povo, a confiança no Poder
Judiciário, especialmente porque estão corrigindo os rumos das atitudes odiosas
de políticos inescrupulosos, que juntamente com pessoas do mesmo tipo,
construíram o poderoso esquema do chamado “mensalão” — vergonha estampada nos
jornais de diversos países.
Não obstante o Ministro Cezar Peluso tenha se aposentado antes
do julgamento do dia 22/10/2012, os meus cumprimentos também são para ele, até
onde pôde compor a excelsa corte do STF.
Creio que todos os brasileiros
trabalhadores e honrados, pagadores de impostos escorchantes, que acabam
sustentando o fausto dos quadrilheiros que tentam todas as formas de dominar o
país, também agradecem.
Piero
Calamandrei: in “Ele, os juízes, vistos por nós, os advogados” (tradução de
Ary dos Santos, do original em italiano “Elogio dei giudici scritto da um
avvocato”, Livraria Clássica Editora, 6ª Ed. 1981, 17, Praça dos Restauradores
– Lisboa), escreveu este trecho que se lê na página 112 (sic):
“Certas pessoas de espírito e de bom apetite julgam que os médicos
foram criados não para ensinar a morigeração que conserva a saúde, mas para
descobrir remédios heróicos contra doenças produzidas pelos excessos e dar
assim aos seus fiéis clientes a receita para que possam beatamente continuar a
exceder-se. Da mesma forma há quem pense que a função do advogado na sociedade
não é aquela de manter seus clientes no caminho da legalidade, mas sim a de
inventar expedientes para reparar a má fé dos espertalhões e para, deste modo,
lhes permitir que continuem nas suas espertezas.”
Assim, eu digo também, que os
magistrados de qualquer instância, especialmente os das mais Altas Cortes da
Justiça, não devem permitir que os expedientes inventados, possam consagrar a
má-fé dos espertalhões que ousam percorrer os caminhos da ilegalidade. As simples
mentiras (ou artifícios) aceitas transformam tanto aqueles que mentem quanto
quem as aceita — em ladrões da nossa
confiança. As Casas da Justiça são como templos terrenos, que uma vez
profanadas, extinguem a fé e desmantelam os demais Poderes de uma república.
Ainda tem muita gente com fome,
sem teto, sem trabalho e sem condições de receber um tratamento de saúde.
Portanto, a quem subtrai dinheiro público, não posso dar outro adjetivo qualificativo,
senão o de — criminoso, que como tal deve ser tratado, segundo os cânones do
nosso direito.
Por fim, nunca mais iremos
esquecer o julgamento do chamado “mensalão”, porque ele e tudo o mais ficará
indelevelmente registrado na História do Brasil.
Luiz Carlos Nogueira
nogueirablog@gmail.com
É vero. Infelizmente não couberam aqui os nomes de TODOS os integrantes daquela corte, embora de pequena significância.
ResponderExcluir