domingo, 11 de setembro de 2011

"Infeliz da geração cujos juízes merecem ser julgados"


Ao pronunciar a mentira: - eu não sabia, Lula da Silva inaugurava uma nova fase da historieta republicana brasileira. Demostrou sua viva aptidão política; como bem assinala Nêumann Pinto em seu livro - O que sei de Lula. Primeiramente fazer política não significa trilhar o precário caminho de Lula, que furtou a confiança de milhões, pois quem rouba a confiança é o maior dos ladrões, diz o ditado. Mostrou ao que veio, e sem pudor retirou a camuflagem pela qual foi eleito e aprofundou suas alianças com o mais espúrio fisiologismo da política brasileira. De pronto, e para se sustentar no Poder, mudou seu discurso em relação a Sarney; Collor; Calheiros e Barbalho; enquanto a oposição apaniguava:- “tudo pela governabilidade” (FHC), provavelmente pensando ser astuta para tirar alguma casquinha e deu-se mal, muito mal; e por incrível que pareça quer repetir a dose.

Dirceu, agora até se manifesta nos portais, é homenageado (?); leitores retrucam indignadamente. Recentemente, e depois da sessão em vassalagem a Jacqueline Roriz, as manifestações tomaram rumo mais direto; trata-se de um novo estágio onde as expressões e até o uso de vocábulos está mais apropriado aos crápulas; certamente a desgosto e pudor do Senador Humberto Costa. Aquela noite estará para sempre na parede da memória dos homens decentes deste país. Poder-se-ia gravar num monólito a ser fincado na Praça dos Três Poderes “A CATERVA UNIDA JAMAIS SERÁ VENCIDA - Brasília 30/08/2011”. É a verdade eleitoral, é a nossa atual verdade republicana e contra a qual devemos nos insurgir. Não há mais espaço para as duas coisas. A moral não cabe onde a imoralidade domina. O Parlamento; após a era lula, tornou-se o maior entreposto de interesses escusos deste país; o maior mercado negro onde estão em leilão os desígnios de milhões de famílias. A força do direito deve superar o direito da força (Rui Barbosa). Ou são eles, ou somos nós.

O Poder Judiciário que pelos desserviços morais que impõe à nação, e apesar de ser o mais caro do planeta, exige melhores salários. Querem mais R$7,7 bilhões de reais /ano. Pressionaram a pseudopresidente – isto já virou moda, qualquer corrupto; seja senador; deputado; ministro - algemados ou não, e agora chegou a vez dos togados! Aperta que sai! - grita um no fim da fila! E os aposentados, que queriam e merecem apenas 1/3 disso. Algum resto de consciência suspira aos demais? A resposta vem em coro: “Eles que se lixem...!” - Afinal é necessário que as Excelências satisfaçam “la dolce vita, nel dolce far niente”. Afinal reter os processos: mensalão, poupanças, aposentadorias, tudo a serviço da república petista tem seu custo. No “pós-lula” – tudo é negociável. Está é a politicalha do lulopetismo espalha-se como metástase por todos os Poderes da República onde tudo se faz por conveniência tal qual a prática da gestão pública decorre apenas pelo melhor lance dado aos seus operadores. Há algum opositor? Não; pois as consciências que por isso aguardam já estão em debandadas; - os que podem e que se sintam dignos a esta missão que alcem vôo antes que seja tarde demais.

Oswaldo Colombo Filho

O Estado de S.Paulo 07/09/2011

Matéria extraída do site Brasil Dignidade – Clique aqui para conferi-la

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